quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Maestro

Da banda municipal às grandes orquestras

"Eleazar de Carvalho nasceu em Iguatu, pequeno município do interior do Ceará, em 28 de julho de 1912. Iniciou os estudos de música ainda criança em sua cidade natal, onde atuou na banda musical. Mais tarde, mudou-se para o Rio de Janeiro e ingressou na Marinha. Tocava tuba na Banda do Batalhão Naval. Foi músico do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e estudou com o compositor Francisco Mignone. Para dar impulso à sua trajetória, o maestro decidiu, por conta própria, mudar-se para os Estados Unidos. Seu objetivo, tido como “uma excentricidade” pelos mais próximos, era reger uma das três grandes orquestras norte-americanas da época: Boston, Filadélfia ou Nova York. Em 1946, ele finalmente embarcou, com a cara e a coragem, para a América. Lá, bateu literalmente de porta em porta oferecendo-se para atuar como regente. “O titular da Orquestra da Filadélfia achou a atitude de Eleazar ousada e absurda. Tanto que disse a ele para que fosse reger uma orquestra do interior e voltasse somente dali a 20 anos”.

Determinado, o maestro brasileiro não deu ouvidos ao “conselho”. Ao tomar conhecimento sobre o festival de música erudita que ocorreria em Massachusetts, cujo formato inspirou o Festival de Inverno de Campos do Jordão, Eleazar de Carvalho abalou-se até lá. Seu intento era ser admitido como aluno do consagrado Sergey Koussevitzky, que daria um curso durante o evento. Como as inscrições já tivessem sido encerradas, o brasileiro decidiu lançar mão de uma estratégia heterodoxa, por assim dizer. Para ser recebido por Koussevitzky, mentiu que era portador de uma mensagem do presidente do Brasil para o famoso maestro. Assim que foi recebido, admitiu a farsa, mas pediu uma chance ao interlocutor.

O brasileiro teria dito: “Deixe-me reger por apenas cinco minutos. Se não me aprovar, irei embora”. Não apenas foi aprovado, como em pouco tempo tornou-se assistente de Koussevitzky, ao lado do também conhecido Leonard Bernstein. Um ano e meio após ter sido quase enxotado, Eleazar de Carvalho regeria a Orquestra da Filadélfia como convidado. “Depois disso, ele teve uma carreira cada vez mais ascendente. Não apenas regeu as três mais importantes orquestra norte-americanas, como havia almejado, como esteve à frente das maiores orquestras do mundo”. Entre os ex-alunos de Eleazar de Carvalho estão nomes importantes como Claudio Abbado, Zubin Metah, Seiji Ozawa, Gustav Meier, David Wooldbridge, Harold Faberman e Charles Dutoit.

O maestro brasileiro permaneceu nos Estados Unidos até o começo da década de 70, embora viesse esporadicamente ao Brasil. Em 1972, ele voltou definitivamente ao seu país, onde daria continuidade à carreira, mas com um viés diferente. Aqui, ele reorganizou a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), reformulou o Festival de Inverno de Campos do Jordão e criou programas para a concessão de bolsas de estudos para jovens instrumentistas brasileiros. O regente morreu em 12 de setembro de 1996, em São Paulo".

http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/agosto2008/ju403pag9.html

domingo, 24 de agosto de 2008

Imagem do Dia!

Grand Spiral Galaxy NGC 1232

O Sono

Poesia I

Seja paciente com tudo o que não há solucionado em seu coração
E procure amar as próprias perguntas.

Não procure as respostas que não lhe podem ser dadas
Porque não poderia vivê-las.

Talvez gradativamente e sem perceber
Chegue a viver algum dia distante as respostas.

Rain
er Maria Rilke

E se...


"Brincando com idéias, fico imaginando se o homem não sentisse orgasmo. O destino do mundo provavelmente seria outro. Os homens não ofereceriam perigo sexual. As mulheres poderiam sair às ruas tranquilamente, sem temor de ser sexualmente atacadas. O homem preferiria ficar caçando, jogando bola ou fazendo qualquer outra coisa mais gratificante, em vez de ter relações sexuais. Mas a espécie humana não entraria em extinção porque as mulheres não resistiram à idéia de ter filhos e iriam estuprar os homens. E, já que seria dela o desejo de ter filhos, ela teria também de sustentar o homem!"
Içami Tiba (O Prazer e o Pensar)

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Agruras de uma língua viva!

Ponto-e-vírgula; Morto?

"Num artigo recente para o “Boston Globe”, Jan Freeman comenta a queda em desgraça do ponto-e-vírgula, que não vem de hoje. Segundo um estudo restrito à língua inglesa, sua incidência teria despencado de 68,1 para 17,7 (por mil palavras) entre os séculos 18 e 19. O século 20 não é mencionado, mas suponho que um levantamento semelhante encontraria esse sinal de pontuação – “que indica pausa mais forte que a da vírgula e menos que a do ponto”, segundo o Houaiss – chegando perto de encostar no zero à medida que nos aproximássemos do 21.

Kurt Vonnegut, que chamava o ponto-e-vírgula de “travesti hermafrodita”, foi apenas um dos escritores que ajudaram a difamá-lo como figurinha pedante, esnobe, cricri, desprovida de sentido e até, na formulação machista de um de seus detratores, mariquinhas.

Acho um exagero. Embora procure usar o ponto-e-vírgula com a maior parcimônia possível – basicamente em enumerações em que um ou mais elementos contenham vírgulas internas, caso em que ele é indispensável à clareza – e não o recomende efusivamente a quem está em busca de um estilo, prefiro pensar nele como mais um recurso no arsenal da língua.

Se até a insuportável mesóclise deve ter – coisa rara, mas tese é tese – o seu lugar, não convém fazer como aquele crítico diante da rima e condenar o ponto-e-vírgula de forma inapelável. Recursos desgastados existem para que escritores de talento os reabilitem."

http://sergiorodrigues.ig.com.br/ponto-e-virgula-morto

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Sacada!


"Uma Big Band executando grandes arranjos de "clássicos do rock". Um experiente frontman "reciclado". Produção meticulosa. Resultado: sucesso. Paul Anka (foto) "ressurgiu" há alguns anos com esta proposta, no mínimo, curiosa!"
Silmar Oliveira


OUÇA:
http://www.lastfm.com.br/music/Paul+Anka/_/Wonderwall

ASSISTA:
http://www.youtube.com/watch?v=TsS811o21-k

LEIA:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Anka

ENTREVISTA:
http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/2008/07/31/entrevista_paul_anka_autor_de_my_way_mantem_devocao_a_musica_1484606.html

SITE OFICIAL:
http://www.paulanka.com/

sábado, 2 de agosto de 2008

O que estou ouvindo I

Esbjörn Svensson Trio


"Esbjörn Svensson Trio (ou E.S.T.), é um trio suéco de jazz formado em 1990, pelo pianista Esbjörn Svensson, e conta ainda com Dan Berglund no baixo e Magnus Öström na percussão. A união destes músicos resulta em um dos maiores grupos do jazz moderno, caracterizado por sua inovação e versatilidade. Algumas de suas composições já viraram clássicos do estilo."
http://www.lastfm.com.br/
OUÇA:
http://www.lastfm.com.br/music/Esbj%C3%B6rn+Svensson+Trio

ASSISTA:
http://www.youtube.com/watch?v=E3l8lVXWk-I

LEIA:
Morre o pianista sueco Esbjörn Svensson
http://www.sojazz.org.br/2008/06/morre-o-pianista-sueco-esbjorn-svensson.html

SITE OFICIAL:
http://www.est-music.com/

Traça & Tralhas

Traça
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1. (S.) - risco, traçado, desenho, planta
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2. (S.) - disposição, organização
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3. (S.) - esboço, rascunho, plano, projeto
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Tralhas

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1. (S.) - afavecos, bagulho, brogúncias, brugúncias, bundá, cacareco, cacarecos, cacarenos, cacaréus, cacaria, cacos, candimbá, caraminguás, muafos, mucufos, mucumbagem, mucumbu, quimbembes, tareco, tarecos, tralha, tralhada, trastes, troço, xurumbambo
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2. (S.) - acessório, parafernália, peça, pertence
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