quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Utilidade I

“Entre as coisas que emprestam ao artifício humano a estabilidade sem a qual ele jamais poderia ser um lugar seguro para os homens, há uma quantidade de objetos estritamente sem utilidade e que, além disso, por serem únicos, não são intercambiáveis, assim sendo, não são passíveis de igualação através de um denominador comum como o dinheiro; se expostos ao mercado de trocas, só podem ser apreçados arbitrariamente. Além disso, o devido relacionamento do homem com uma obra de arte não é “usá-la”, pelo contrário, ela deve ser cuidadosamente isolada de todo o contexto dos objetos de uso comuns para que possa galgar ao seu lugar devido no mundo … a arte assim sobreviveu magnificamente à sua separação da religião, da magia e do mito”.

Hannah Arendt, em seu livro A Condição Humana, no capitulo “A permanência do Mundo e a Obra de Arte”.

http://www.culturaemercado.com.br/post/cultura-e-pensamento-10-os-equivocos-que-envolvem-a-arte-e-o-ensino/#more-3819

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